domingo, 17 de abril de 2011

Por Hora

(Ainda não tenho nenhum j-rocker - ou k-popper, for that matter. Mas um dia eu monto uma banda-harém e MASOQ)

X~X~X

Esses sorrisos são tudo o que posso te dar.
(Presente pra Hachi. Te amo, filhotinha <3)

X~X~X

“Por favor, não me dê mais nenhum sorriso que não seja meu.”

Uruha refletiu sobre a frase de Reita, encarando a paisagem que se estendia diante de sua sacada, a xícara de chocolate semi-esquecida ainda nas mãos.
Não era sua intenção primordial afastar Akira daquela maneira. Akira, sempre tão gentil e pronto a sair com ele, a ouvi-lo, a abraçá-lo todas as vezes que pedia. Akira, cujos abraços eram tão macios e quentes que confortavam Kouyou e o faziam esquecer da dor que apertava seu coração todos os dias.

“Por favor, não me dê mais nenhum sorriso que não seja meu.”

Kouyou queria que Akira soubesse que os sorrisos que desejava, ele não tinha mais. Não restara mais nenhum sorriso doce, de alegria ou paixão puras. Só haviam sobrado os sorrisos tristes, que sempre diziam “muito obrigado pelo gesto, mas não é o suficiente“ e que sempre o faziam querer esmurrar o espelho até as mãos sangrarem.

Ele odiava esses sorrisos tanto quanto Reita devia odiá-los, se não mais. Mas era tudo o que ele tinha a dar em troca pelos abraços e pela companhia. Uruha tinha a plena certeza de que Akira era excelente e dava tudo o que podia; era ele quem não tinha mais nada a oferecer.

Mas ele nunca disse isso ao outro, não quando eles tinham aqueles pequenos momentos juntos que calavam momentaneamente o vazio em seu peito, não quando a verdade podia acabar com tudo, como aconteceu naquela noite.

“Não era minha intenção partir o seu coração, Aki. Eu só não queria ter que te dizer que não tinha como te retribuir.”

Kouyou abandonou o chocolate quente – que já tinha esfriado – na mesa de centro, pegando o maço de cigarros e acendendo um. Observou enquanto a fumaça cinza fazia formas indistintas no ar frio, antes de se dissipar completamente. De certo modo, aquilo o ajudava a se acalmar.

Não tinha a mesma eficiência de braços levemente mais musculosos que os seus a lhe rodearem o torso, ou de um corpo menor encostado no dele. Mas era um conforto que não lhe cobrava nada em troca.

Por hora, era o bastante.

X~X~X

[Era pra eu estar estudando, mas fui ler a fic nova da Hachi. Aí saiu isso (e o final da fic pra Miih). RISOS ETERNOS DE QUEM VAI SE FERRAR NA PROVA DE AMANHÃ.

Eu ia postar no Nyah, mas deu uma preguiça do caramba. Fora que eu não achei o botãozinho pra logar -Q *incompetente*]

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