terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As a Girl

(Hetalia não me pertence. Mas a Hungria somos nós. Né, mana?)

X~X~X

Hungria se sente um pouco culpada por criar Itália como menina.
(Presente de aniversário pra Lils.)

X~X~X

Às vezes, Hungria se sente culpada por criar Itália como uma menina. Roderich ainda não percebeu a diferença (e ela agradece a Deus por sua tática de não deixá-lo dar banho na criança não ser questionada), mas um dia ela sabe que a verdade será descoberta. Ela não tem más intenções ao fazer isso, ela apenas acha que Feliciano fica lindo com as roupas delicadas que são feitas para garotas.

Além disso, Elizaveta sempre sentiu que Sacro Império Romano tinha seu ponto fraco na figura do italianinho. Todas aquelas disputas para ficar com ele só podiam resultar em algo significativo mais tarde. E, se fazê-lo usar roupas femininas e criá-lo como menina fosse o modo de possibilitar um futuro para os dois sem criar problemas com a Igreja ou com quem quer que fosse, era exatamente isso que ela iria fazer.

De qualquer maneira, não era como se Itália não soubesse que era menino. Ele só não tinha muita noção das diferenças entre gêneros (e, por mais que Hungria ficasse tentada a explicá-lo um dia utilizando suas revistas “especiais”, era melhor não fazer isso). E ela não o impedia de fazer coisas de menino em seu tempo livre ou, até mesmo, fora dele. Os arranhões causados pelas escaladas em árvores eram prova disso.

(Na verdade, ela também punha nessa conta as inúmeras vezes em que um retrato de Áustria aparecia com um enorme bigode preto pintado. Há um limite não-dito, mas perceptível, para o número de vezes que uma menina estraga “por acidente” um retrato de seu tutor enquanto limpa a casa.)

Algumas vezes, Elizaveta pensa se não está fazendo com Feliciano o mesmo que seu avô fez com ela. E a resposta é sempre afirmativa. A diferença estava nos detalhes (o detalhe maior sendo o gênero de cada um). E, algumas vezes, ela se pergunta se não está transformando seu menininho querido em alguém que não saberá se comportar adequadamente no futuro.

(Porque mesmo depois de anos usando vestidos, ela ainda não tinha se acostumado, preferindo as calças do uniforme militar. Para não falar dos saltos, perucas, espartilhos e o diabo a quatro que ela precisava usar como mulher.)

Ela parou um pouco sua reflexão quando viu o pequeno ser que a motivava. Lá estava Feliciano, sentado num banquinho perto do mais novo retrato “modificado” de Roderich, cantando e balançando a cabeça, fazendo o cabelo se mover em todas as direções (e o cabelo dele já estava nos ombros. Como crescia rápido! Não fazia nem dois meses do último corte).

Quando ele percebeu que a húngara estava na sala, virou-se para ela, agitado.

- São laços na sua mão, Hungria-chan?

- Sim, querido. Qual você quer? – pergunta ela, sorrindo e estendendo as fitas de diferentes cores para a criança. Encantado, Feliciano analisa uma a uma com suas mãozinhas e por fim escolhe uma verde e uma vermelha.

- Boa escolha, Feli. Essas são lindas.

- São as nossas cores, Hungria-chan! – disse ele, dando seu maior sorriso e se virando para que Elizaveta pudesse pentear seu cabelo.

Sim, ela ficava preocupada, pensando que talvez não estivesse fazendo a coisa certa ao criar o pequeno país daquele jeito. Mas talvez não fosse tão ruim assim. Afinal, já que ela era uma garota que entendia o universo masculino, o que havia de mal em criar um menino que entendesse o universo feminino?

Além do mais, o cabelo de Feliciano era muito macio e ela adorava penteá-lo.
E ele ficava lindo de marias-chiquinhas.

X~X~X

[FELIZ ANIVERSÁRIO, GÊMULA!!

Essa fic estava em gestação na minha cabeça há tempos, mas a coragem pra escrever nunca vinha. Perceba como eu trabalho melhor sob pressão, rs. E eu sei que você sabe de onde saiu a inspiração =D

E sim, está ridiculamente curta, mas é de coração. NÃO IMPORTA O TAMANHO, O IMPORTANTE É A SATISFAÇÃO DO PRESENTEADO E –Q

E o lance das cores deles... Bom, olhando na Wiki, as bandeiras (tanto da Hungria quanto da Itália) só foram instituídas com as cores verde, vermelho e branco depois de 1700. Entonces, consideremos como sendo as cores do uniforme deles... Até porque é mesmo (mas essa explicação é tão nhé que acho melhor pensar nas bandeiras mesmo *tiros*).

Enfim, amore. Espero que tenha gostado <3

(Claro que gostou. Hungria + Itália + maria-chiquinha + Áustria de bigode = AMOR.)]