X
A lua nunca era mais linda do que numa noite clara em Veneza.
E sua luz nunca era mais triste do que quando iluminava as lágrimas do Pierrô, transformando-as em diamantes efêmeros.
Mais uma vez ele tentara impedir Arlequim de conquistar e desgraçar outra jovem dama e mais uma vez falhara. Tivera que assistir ao espetáculo nefasto da transformação de uma moça (quase uma menina!) em outro Arlequim, que certamente faria o mesmo com outra menina-mulher sem sorte.
(E que certamente partiria o coração de outro Pierrô em algum lugar.)
Andava sem destino pelas ruas perto dos canais venezianos, quando sua passagem foi obstruída por uma silhueta em movimento. Uma silhueta bem conhecida.
- Você estava lá, Pierrô? Você estava lá para me ver?
Arlequim dançava ao redor do triste palhaço, rápido e leve. E este só conseguia observá-lo, com o peito dolorido de tristeza e cansaço.
- ... Eu te odeio, Arlequim.
Já estava chorando de novo quando disse isso. Suas lágrimas eram incontroláveis, afinal. E ele pensou que as palavras saíram incertas por esse motivo.
Limpou os olhos nas mangas amarrotadas da roupa e repetiu a frase, um pouco mais alto (mas ainda sem certeza).
- Eu te odeio, Arlequim.
- Oh, mas que pena! – Exclamou o dançarino, zombando. – Justo hoje, que eu queria te dar meu coração!
- Eu não quero seu coração. Eu não quero ser... Você.
O galanteador parou sua dança, ficando frente a frente com o Pierrô e segurando-lhe as mãos.
- E quem lhe disse que será literalmente? Eu não quero que você seja eu... – Pontuou a frase com um beijo suave nos lábios pintados do palhaço derrotado – Eu quero que você seja meu.
Sorrindo, Arlequim beijou Pierrô novamente, tendo a Lua e as águas de Veneza como testemunhas.
X
~ E nunca, numa noite clara de Veneza, a luz da Lua banhou tão sublime quanto aquele ato. ~
X
A lua nunca era mais linda do que numa noite clara em Veneza.
E sua luz nunca era mais triste do que quando iluminava as lágrimas do Pierrô, transformando-as em diamantes efêmeros.
Mais uma vez ele tentara impedir Arlequim de conquistar e desgraçar outra jovem dama e mais uma vez falhara. Tivera que assistir ao espetáculo nefasto da transformação de uma moça (quase uma menina!) em outro Arlequim, que certamente faria o mesmo com outra menina-mulher sem sorte.
(E que certamente partiria o coração de outro Pierrô em algum lugar.)
Andava sem destino pelas ruas perto dos canais venezianos, quando sua passagem foi obstruída por uma silhueta em movimento. Uma silhueta bem conhecida.
- Você estava lá, Pierrô? Você estava lá para me ver?
Arlequim dançava ao redor do triste palhaço, rápido e leve. E este só conseguia observá-lo, com o peito dolorido de tristeza e cansaço.
- ... Eu te odeio, Arlequim.
Já estava chorando de novo quando disse isso. Suas lágrimas eram incontroláveis, afinal. E ele pensou que as palavras saíram incertas por esse motivo.
Limpou os olhos nas mangas amarrotadas da roupa e repetiu a frase, um pouco mais alto (mas ainda sem certeza).
- Eu te odeio, Arlequim.
- Oh, mas que pena! – Exclamou o dançarino, zombando. – Justo hoje, que eu queria te dar meu coração!
- Eu não quero seu coração. Eu não quero ser... Você.
O galanteador parou sua dança, ficando frente a frente com o Pierrô e segurando-lhe as mãos.
- E quem lhe disse que será literalmente? Eu não quero que você seja eu... – Pontuou a frase com um beijo suave nos lábios pintados do palhaço derrotado – Eu quero que você seja meu.
Sorrindo, Arlequim beijou Pierrô novamente, tendo a Lua e as águas de Veneza como testemunhas.
X
~ E nunca, numa noite clara de Veneza, a luz da Lua banhou tão sublime quanto aquele ato. ~
X
(Presente pra Mandie e resposta ao desafio dela. E a primeira fic minha que eu realmente acredito que ficou boa.
E ela gostou, então to feliz, haha.)
X
[Conto de estreia do blog, por razões pessoais. E porque é bonito demais para ficar escondido no ouro blog ♥]
0 comentários:
Postar um comentário